quinta-feira, novembro 10, 2011

Tiro com arco: Ai que saudades que já tínhamos…

Em seguida damos a conhecer uma notícia publicada online no "Reconquista" a 10/11/2011, sobre o Tiro com arco em Castelo Branco.
O reaparecer da modalidade em Castelo Branco é sem duvida um motivo de alegria para todos.
Estão de Parabéns , a ACRA, todos os arqueiros e arqueiras da região, e sobretudo o Pedro Beato pelo trabalho desenvolvido!

Joao Freitas


Uma das modalidades mais acarinhadas entre as décadas de oitenta e primeira metade de noventa, em Castelo Branco, adquire um segundo fôlego. O tiro com arco, que fez campeões nacionais pela batuta do mestre António Lourinho, um exemplo de dedicação, renasce das cinzas, agora impulsionado tecnicamente pelo discípulo Pedro Beato e com enquadramento logístico da Associação Clube Raia Aventura (ACRA).
A manhã do último domingo assinalou o regresso de provas nacionais à cidade albicastrense. Que saudades, ai, ai... O velhinho Afonso de Paiva, palco de algumas jornadas desportivas marcantes, constituiu cenário de uma etapa do calendário português de sala.
Entre os participantes distinguiam-se as camisolas listadas do Sporting, um grande com largos pergaminhos no tiro com arco (vem-nos à memória os campeonatos nacionais no campo 2 do antigo Estádio José de Alvalade, com Castelo Branco sempre bem representado). E três arqueiros da casa, entre os quais Pedro Beato, que neste regresso já juntou ao currículo dos outros tempos um título de vice-campeão nacional, durante a época de campo.
A Associação Raia Aventura regozija-se por dar corpo colectivo ao tiro com arco. E organizar uma prova em Castelo Branco, muitos anos depois. "É o corolário de dois anos de trabalho, quando recuperámos a modalidade. Depois de um ano zero de adaptação, em que os próprios praticantes, como o Pedro Beato, aproveitaram para readquirir rotinas, iniciámos esta época a competição", comenta Nuno Mateus, da ACRA.

A recente mudança de elenco na Federação Portuguesa de Tiro com Arco (FPTA), abriu "via verde" a esta prova em Castelo Branco, que contou com cerca de três dezenas de atiradores. "Nas modalidades que abraçamos, procuramos puxar provas para a nossa zona. E não quisemos desperdiçar esta oportunidade. Foi em cima da hora e isso prejudicou uma presença mais significativa de atletas", acrescenta o responsável da Raia Aventura, que realça a importância do passo dado: "Poderá constituir ponto de partida para mais provas. A ideia foi mesmo essa. Trazer cá os membros da Federação, entrar em contacto directo".
O custo da interioridade pesa (também) no tiro com arco. "Somos o clube mais distante e isso cria obstáculos. Vamos conversar com a Federação, avaliar como nos poderemos equipar e ficar preparados para acolher provas com alguma facilidade. Precisamente para que o preço da interioridade não seja tão elevado".
Na próxima temporada, a ACRA terá mais arqueiros em competição. Neste domingo só não atiraram mais porque "era uma das derradeiras provas do calendário e não valia a pena estar a federar os praticantes só para esta ocasião". Para 2012 "estamos a contar ter uma equipa masculina e outra feminina a participar no calendário federativo", adianta Mateus.
Nesta prova, Pedro Beato subiu ao pódio com um 3º lugar na categoria sénior de recurvos. David Mendes foi 7º. Nas senhoras, também em recurvos, Helena Salvado classificou-se em 4º lugar.

OPÇÃO. O tiro com arco passa a ser, pois, mais uma opção no cenário desportivo do concelho. É só subir às instalações da antiga piscina municipal e ser encaminhado para Pedro Beato, que é o responsável por este desporto na Raia Aventura.
Inicialmente os custos não são consideráveis. "Temos equipamentos para iniciação, não é necessário logo um investimento do praticante. Reutilizámos um pouco da herança do Lourinho e do antigo clube (ndr: Clube de Arqueiros Albicastrenses)". Depois, à medida que o arqueiro quiser melhorar as suas performances, a tendência será adquirir os seus equipamentos, mais adaptados a si próprios.
As condicionantes do espaço surgem mais na época de sala
Espaço não falta na Associação Clube Raia Aventura. As condições técnicas para o exercício do tiro com arco é que estão distantes de ser as ideais. "Temos área coberta, mas só faculta o treino a dois atiradores de cada vez. O que é restritivo. O esforço do Pedro Beato, que se predispõe a dar treinos todos os dias, tem permitido distribuir os atletas, mas é naturalmente desgastante", diz Nuno Mateus.
Durante a época de campo (ar livre, primavera e verão) "estamos à vontade, espaço felizmente existe, apesar de ter de ser adaptado". Na época de sala (indoor, outono e inverno) as limitações surgem, até porque os alvos têm de estar montados a 18 metros. "Não é fácil ter uma cobertura dessas".
Uma das lutas da ACRA é arranjar um espaço coberto. "O ideal seriam 30 metros, pois treinava-se sala e viabilizava também as distâncias de campo. Permitiria treinar o ano inteiro", observa Nuno Mateus.
A Raia Aventura já estabeleceu conversações com a autarquia e acredita que alguma solução será encontrada, mesmo reconhecendo que "a actual conjectura não é favorável".
AJ
  
Autor: Artur Jorge

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